Os Açores têm outro aspeto, quando vistos da ilha das Flores. A Europa fica muito mais longe e a América está mais próxima. Quase todas as outras ilhas, exceto o vizinho Corvo, estão longe e fora de mão. As questões estratégicas continuam, porém, as mesmas de todos os Açores, sobretudo as que envolvem o uso do Atlântico como ligação entre o velho e o novo mundo. Muitas rotas de navegação transatlântica passam por estas latitudes e próximo das Flores desde os tempos da prata do Perú às rotas aéreas contemporâneas.
O Museu das Flores apresenta uma reflexão sobre o que foi e é viver sobre o fio da navalha das guerras, combates, pilhagens, ataques de corsários, riquezas, naufrágios, emigração, caça à baleia, luta entre potências com vocação mundial, desde a célebre batalha da ilha das Flores, de 1591, até à “Station Française de Telemesures de Flores”, passando pela permanente necessidade de construir comunidades humanas, capazes de atingir alguma forma de prosperidade e felicidade, o que implica gerar poetas e intelectuais, políticos e gente de negócios. Tudo sob um manto de atrevimento e audácia, essenciais nestas circunstâncias e lugar.
Espaços do Museu das Flores: Convento de São Boaventura.
Largo da Misericórdia, Santa Cruz das Flores
Latitude (formato digital) 39. 45 20 20
Longitude (formato digital) -31. 129105
Percurso pedestre 10-15 minutos a partir do ponto mais distante de Santa Cruz
Automóvel a partir de qualquer ponto da Ilha das Flores
Coordenadas GPS:
Latitude (formato digital) 39. 45 20 20
Longitude (formato digital) -31. 129105
Transportes
Autocarro
Ponta Delgada — Santa Cruz 7h e 8h
Fajã Grande — Santa Cruz 8h
Lajes — Santa Cruz 9h e 16h
O Museu das Flores reflete a vivência humana nesta ilha, a meio caminho entre a Europa e a América, ponto de apoio essencial às rotas transatlânticas de torna-viagem. Foi o inegável valor geostratégico das Flores, que ultrapassa em muito a sua riqueza e dimensão, que determinou o seu povoamento.
O Museu das Flores está instalado no convento franciscano de São Boaventura cujo teto da igreja é em madeira de cedro policromada com decoração vegetalista e floral. Uma coleção de cerâmica de uso doméstico, artefactos de tecelagem e fiação, um amplo leque de têxteis, utensílios agrícolas e de produção de manteiga e objetos provenientes dos Estados Unidos da América remetidos pelos emigrantes, testemunham a vivência quotidiana das gentes. No segundo piso, desenvolve-se a relação da ilha com as dinâmicas do Atlântico que sofreu as agruras da pirataria até ao séc. XIX. Avultam os testemunhos ligados ao mar: instrumentos náuticos, salvados, peças em osso e dente de cachalote, lancha e palamenta de pesca costeira de 1928 e uma maquete interativa representando os naufrágios ocorridos entre os sécs. XVI e XX. No coro alto estão expostas algumas esculturas religiosas.
Atividades para crianças e adultos;
Exposições temporárias de temática variada;
Concertos e conferências;
A informação está escrita em português e inglês;
A visita livre demora cerca de 30 a 45 minutos;
Visitas guiadas para escolas ou grupos organizados com marcação prévia de 24h.
1 de abril a 30 de setembro
Abertura 10h
Encerramento 17h 30m
Encerrado à segunda-feira
1 de outubro a 31 de Março
Abertura 9h 30m
Encerramento 17h
Encerrado à segunda-feira
Parque de estacionamento público e gratuito
Serviço de café e refeições ligeiras ao lado do edifício